Uma homenagem para uma das séries mais revolucionárias da TV
Divulgação
No dia 19 de setembro de 1994, no canal NBC, estreava uma das grandes séries dos anos 90 e ficaria marcada na história da televisão mundial: ER. Nela, acompanhamos a história de um grupo de profissionais de um hospital de Chicago vivendo seu dia a dia no trabalho e, consequentemente, na vida pessoal
Inspiração pra todas as séries médicas que vieram depois, a série criada por Michael Crichton não se limitava ao que estava em alta na época de seu lançamento, e é justamente por isso que se transformou num furacão de audiência e de avaliação dos críticos. Uma aula de como se fazer séries procedurais e de apego aos personagens apresentados.
ER recebeu mais de 120 prêmios em diversas premiações, incluindo o Emmy de Melhor Série de Drama, um TCA Award de Melhor Programa do Ano, e uma honraria no Peabody Awards. Então,, nada mais justo do que fazermos nossa própria homenagem ao elencar os melhores episódios da história da série — e que trabalho difícil foi escolher! Confira a lista aqui:
Divulgação
1º) Love´s Labor Loss (Temporada 1, Episódio 19)
A medicina, além de uma bela profissão, carrega um peso imensurável e neste episódio “ER” demonstra isto com toda força. Quando Mark (Anthony Edwards) erra um diagnóstico de pré-eclâmpsia acontece o pior pesadelo na vida de qualquer médico: ele perde a paciente. É uma das melhores horas não só da série, mas da televisão no geral porque consegue englobar um conflito de emoções ao colocar um personagem querido do público em uma situação tão difícil e que o deixa ainda mais humano. É cruel, brutal e emociona de uma forma genuína, seja na dor da morte ou na beleza do nascimento.
2º) On the Beach (Temporada 8, Episódio 21)
Quando descobrimos que o Dr. Greene estava com câncer, ainda havia esperança de que ele sobrevivesse, mas não foi o caso. A despedida do personagem acontece em três episódios, mas é neste que vemos seus últimos dias. Mark está com Elizabeth (Alex Kingston), sua esposa e suas filhas, Rachel (Hallee Hirsh) e Ella em uma praia no Havaí. É um dos momentos mais tristes da TV, mas não deixa de ser bonito. Ele vai como queria, ao lado de quem amava e um dos personagens mais queridos da série, que estava lá desde o piloto, nos deixa ao som de “Somewhere Over the Rainbow” na voz de Israel Kamakawiwo’ole e não tem quem segure as lágrimas.
3º) All in the Family (Temporada 6, Episódio 14)
Em outro episódio devastador, os médicos lutam para salvar dois deles. Carter (Noah Wyle) e Lucy (Kellie Martin) estão entre a vida e a morte após serem esfaqueados por um paciente esquizofrênico, todos se unem em prol dos dois. É agonizante, e mesmo que os colegas tenham lutado pela vida de Carol (Julianna Margulies) no piloto, a audiência ainda não tinha apego pela personagem como havia com estes dois depois de tantos momentos juntos. Carter consegue sobreviver e nós ficamos felizes e quando parece que Lucy também sobreviveria, a jovem sofre uma embolia pulmonar e é a primeira perda de um personagem do elenco principal. Arrasador.
4º) Be Still My Heart (Temporada 6, Episódio 13)
O que parecia ser um episódio temático comum de meio de temporada se transforma em um dos momentos mais assustadores da série e é o que faz dele fantástico, porque os piores dias das nossas vidas não começam com um aviso ou sinais de que algo ruim vai acontecer. A única coisa que havia de diferente na rotina era uma festa de Dia dos Namorados ocorrendo no hospital, e enquanto o evento acontece, Carter (Noah Wyle) é esfaqueado por um paciente esquizofrênico em uma sala e ao cair no chão, se depara com uma agonizante Lucy Knight (Kellie Martin) em uma das cenas mais chocantes da televisão.
Divulgação
5°) Secrets and Lies (Temporada 8, episódio 16)
O famoso 'Clube dos 5' da série reúne Abby, Carter, Lewis, Kovac e Gallant, que são obrigados a participar de um seminário sobre assédio sexual após um incidente considerado inapropriado por Weaver no local de trabalho. Com o atraso do palestrante, os personagens se veem envolvidos em uma troca de verdades não ditas, que estavam presas em suas gargantas. Amor, ódio, inveja e, principalmente, ciúme são explorados e desembrulham alguns dos plots que vinham sendo desenvolvidos na temporada (a 8ª, considerada uma das melhores). Ah, sem esquecer a dominatrix, luta de esgrima e piadas sexuais que aliviam a tensão antes do impacto emocional do final da temporada. Ai, ai.
6º) Hell or High Water (Temporada 2, Episódio 7)
Uma das melhores coisas da personalidade de Doug (George Clooney) era como ele lidava com seus pacientes e quebrava regras para defender suas crianças, o que o faz quase perder o emprego no County Hospital. “ER” sempre teve seus episódios-tragédia e este é um dos melhores. Com os holofotes em Doug, o médico age como um verdadeiro herói para salvar um garoto de uma enchente em uma tempestade. À medida que a água sobe, a tensão aumenta, assim como admiração por Doug, que não desiste e mostra que há muito mais no seu personagem do que sua irresponsabilidade.
7º) Exodus (Temporada 4, Episódio 15)
Desde o começo, Carter (Noah Wyle) é os nossos olhos no hospital. A série cresce com ele e é ótimo ver o rapaz vencer várias etapas na carreira, mas seu maior desafio chega com este episódio. Quando um acidente químico acontece, Weaver (Laura Innes) precisa se afastar e Carol (Julianna Margulies) e Doug (Goerge Clooney) estão presos no elevador tentando salvar a vida de uma garota. É um daqueles episódios-evento que “ER” faz tão bem e é a chance de ver o quanto Carter amadureceu e é seu momento de brilhar. Ele, ainda interno, está liderando a equipe para evacuar o hospital em meio ao caos que se instala no lugar. É pressão para o personagem e para quem assiste, que fica na ponta do sofá o tempo todo, mas vê-lo se sair bem é mais do que satisfatório.
8º) Ambush (Temporada 4, Episódio 1)
ER é considerada uma das grandes precursoras das séries dramáticas (e médicas, obviamente) — e não é à toa. "Ambush" foi gravado totalmente ao vivo, em formato de documentário, e feito duas vezes (uma para cada costa dos Estados Unidos, devido ao fuso horário). A estreia da quarta temporada traz um frescor ao formato procedural, dando continuidade a algumas histórias anteriores (como o ataque a Mark no banheiro e o início de sua paranoia), além de introduzir novas tramas (como a adição da incrível Corday ao elenco). É tão bem feito que nem parece que foi gravado ao vivo. Fico pensando só no caos e no nervosismo deles sem poder errar nadinha.
9º) 24 Hours (Temporada 1, Episódio 1)
Tradicionalmente na TV, era essencial que o piloto fosse bom para que fosse aprovado pela emissora e posteriormente pelo público, quando fosse ao ar. Estreando com 23.8 milhões de telespectadores, ER já chegou com os dois pés na porta. Primeiro dia de Carter (Noah Wyle) naquele mundo e o nosso já tendo uma noção do caos e do senso de urgência que está na essência da série. Dirigido por Rod Holcomb, o episódio captura a realidade de um pronto-socorro com muita agilidade, o que deixa tudo mais verossímil e ainda surpreende quando uma das pacientes é Carol (Julianna Margulies), trazendo o lado emotivo à tona. É um dos melhores episódios piloto da televisão e já nos deixa imediatamente impressionados e apaixonados por aquele mundo.
Divulgação
10º) And in the End (Temporada 15, Episódio 22)
Nas temporadas finais, a série teve uma visível queda na qualidade, mas sabendo que seria encerrada na 15ª, os roteiristas puderam se concentrar em finalizar com a dignidade merecida. Com o retorno de personagens queridos e Carter no centro de novo, o episódio já nos pega pela nostalgia, mas emociona de verdade quando vemos Rachel, filha de Mark, chegando no Hospital. É o fechamento de um ciclo, que funciona de uma maneira simples, mas extremamente poderosa. Honra tudo o que assistimos até então porque enquanto uma história termina, outra começa, e mesmo que nós não possamos mais acompanhar, sabemos que ela terá uma jornada bonita e intensa, se for metade da médica que o pai dela foi.
Plantão Médico (ER) está disponível no catálogo do Max.
Comments