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  • Foto do escritorFilipe Chaves

Análise | The Last Of Us 1x07 ("Left Behind")

O sonho de Ellie se transforma no seu pior pesadelo

Divulgação: HBO


Após os eventos do episódio anterior, Joel está gravemente ferido. Ele pede a Ellie que o deixe e vá encontrar Tommy para seguir sua jornada. Ellie vai atrás de algo que possa ajudar Joel, ela não cogita deixá-lo para trás e começa a relembrar do seu passado. Através de flashbacks, vemos Ellie em uma das escolas de treinamento da FEDRA. Na quadra, uma menina começa a implicar com ela, dizendo que ela não tem quem a defenda mais. Ellie revida com um soco, o que a leva à sala do Capitão Kwong, onde ele a oferece duas opções: ou ser uma agente da FEDRA ou ser um peão (mais ou menos o que Joel era na Zona de Quarentena). A menina diz que prefere ser agente.


À noite em seu quarto, Ellie está dormindo e uma menina entra de fininho. Finalmente conhecemos Riley, que já havia sido citada anteriormente por Marlene. As duas discutem porque Ellie alega que foi abandonada pela amiga. Riley diz que agora é uma Vagalume e propõe a Ellie uma noite inesquecível, que Ellie aceita com uma certa relutância. Se esgueirando e pulando prédios, elas chegam a um antigo shopping abandonado e, supostamente, sem infectados. Riley liga as luzes e Ellie fica abismada com o que vê.


Ellie é uma adolescente naturalmente curiosa, ela sempre quer saber mais sobre aquele mundo que acabou, e quando Riley proporciona aquilo a ela, tudo parece um sonho. Ela se deslumbra com uma escada rolante, vão em um carrossel, tiram fotos em uma cabine, bebem um antigo whisky, jogam Mortal Kombat em um fliperama e têm oportunidade de se divertirem nem que seja por uma noite, coisa que os jovens não conhecem mais nessa sociedade. Enquanto elas estão jogando distraídas, a câmera nos leva a uma loja de bonecas onde há um infectado, que, com todo o barulho, está pronto para despertar e nos lembrar que não há paz nesse mundo.


Entre uma diversão e outra, as duas eventualmente brigam e vamos percebendo que há mais que uma amizade rolando ali. Através dos olhares, das excelentes atuações de Bella Ramsey e Storm Reid, toda aquela mágoa do abandono, são sentimentos aflorando que nem elas sabem lidar. Tudo é novidade. Quando Riley diz que vai embora e toda aquela noite é a despedida dela, Ellie se revolta e vai embora. Se arrepende e volta, encontrando Riley em uma loja de Halloween, que seria a última surpresa. As duas conversam, Riley questiona se Ellie vai querer se tornar uma fascista da FEDRA e a convida para fugir com ela. Elas dançam e o primeiro beijo acontece. É um momento tão bonito, tão inocente, ao som de uma versão de Etta James de “I Got You Babe”. Elas são abruptamente interrompidas pelo tal infectado.


Após lutarem e conseguirem matar o monstro, elas percebem que foram mordidas. Ellie, de novo, é oferecida duas opções: ou elas se matam com a arma de Riley ou “elas podem poeticamente enlouquecerem juntas”. O que era um sonho, se torna o pior pesadelo de Ellie. Elas choram desesperadas e optam pela segunda opção. Não vemos o que acontece de fato depois disso, mas é fácil presumir: Ellie não se transforma e é obrigada a matar Riley, já que no quarto episódio ela diz a Joel que não é a primeira vez que usa uma arma para machucar alguém.


No presente, Ellie encontra uma linha e uma agulha para costurar Joel e o episódio acaba. Ela se recusa a deixá-lo e nesta hora entendemos o porquê. Ellie foi muito mais aprofundada aqui, entendemos mais de seus traumas, como ela perdeu seu primeiro amor, e como ela vai se tornando quem é hoje, encontrando uma nova forma de amor, que até então ela desconhecia totalmente: o amor paterno. É mais um belíssimo e emocionante episódio, que foi escrito pelo criador do jogo, Neil Druckmann, com esse desvio necessário ao passado, provando que Bella Ramsey é a Ellie perfeita, mostrando toda sua força, sua inocência e sua vulnerabilidade. Como ela ainda é uma menina que é forçada constantemente a crescer.

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