Hugh Jackman, Laura Dern e Vanessa Kirby tentam salvar uma história com pouco a dizer.
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Courtesy of TIFF
Depois do imenso sucesso de ‘Meu Pai’, não é surpresa para ninguém que Florian Zeller iria adaptar mais uma de suas obras do teatro para as telas. The Son mostra a dinâmica de uma família divorciada, com dois núcleos: o de Peter (Hugh Jackman), que mora com sua nova namorada Beth (Vanessa Kirby) e o filho recém nascido do casal, além do núcleo de Kate (Laura Dern), e o filho Nicholas (Zen McGrath), que tenta achar o seu lugar entre seus pais enquanto lida com problemas de saúde mental.
O relacionamento entre Peter e Nicholas é a principal trama do longa, mas enquanto Jackman entrega uma das melhores performances de sua carreira, McGrath não consegue acompanhar a história de seu personagem, e sua atuação acaba ficando distante da difícil missão de mostrar as dificuldades que o Nicholas passa. Já Beth e Kate, sempre que parecem ter algum desenvolvimento, desaparecem, dificultando as incríveis atuações feitas por Kirby e Dern de se tornarem memoráveis.
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É visível que o desenvolvimento da história não é bem finalizado. Enquanto o longa tenta discutir sobre depressão, mais parece que ele somente quer jogar informações para a audiência sentir algo pelos personagens, tirando assim o foco das histórias. Além do fato que a parte mais memorável do filme é um elemento barato usado para chocar o público, o que até causou bastante desconforto entre a maioria dos espectadores, diante do momento que estamos vivendo, enquanto o segundo é uma participação especial que entrega a melhor parte do filme em cinco minutos.
Como dito anteriormente, Zeller tentou recriar o sucesso de seu primeiro filme, mas não tem um material base tão bom quanto ‘The Father’, e nem total controle sobre o seu elenco. O diretor não consegue chegar em um produto final que agrade o espectador, o que acaba refletindo sobre o material base, que vinha sendo bem recebido e que pode sofrer do mesmo caso de ‘Dear Evan Hansen’.
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‘The Son’ é uma escolha duvidosa que, apesar de conseguir entregar algumas boas atuações, tem roteiro e história fracas, na tentativa de invocar alguma reação do público, mas tudo que consegue é provocar desconforto ao tentar retratar um tema real e difícil de se discutir, tornando-o um problema dentro da trama por não ser abordado com cuidado.
Nota: 2,5/5