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Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | Wandinha (1ª temporada)

Jenna Ortega prova mais uma vez que é uma das melhores jovens atrizes da atualidade

Divulgação: Netflix


Lançada nesta quarta-feira, 23, a série "Wandinha" da Netflix tem como seu principal objetivo restaurar uma personagem clássica no imaginário cultural da nova geração e agradar aqueles já familiarizados com a história da família Adams. A série original, inspirada em cartoons que saiam em jornais e revistas, foi ao ar entre 1964 a 1966 e deixou uma marca pouco antes vista dentro da indústria da cultura popular. É difícil alguém não conhecer Gomez, Morticia e todo o clã Adams e foi segurando um legado que envolve videogames e um filme extremamente bem sucedido em 1991 que a Netflix resolve apostar na já bem sucedida história.


A aposta de "Wandinha" ser o mais novo sucesso da plataforma está nas mãos dos roteiristas Miles Millar e Alfred Gough com a direção de Tim Burton. A presença do diretor aclamado dita bem o tom da produção desde o seu início e é um chamariz para os fãs das produções góticas do cineasta. No elenco, o streaming também traz boas fichas que prometem atrair o público. Sua protagonista é interpretada por Jenna Ortega, atual fenômeno do terror moderno, que sempre apresenta boas e surpreendentes atuações e em "Wandinha" isso não foi diferente.


Jenna é a encarnação de Wandinha e é ela que torna assistir os oito episódios da série algo extremamente prazeroso. Ela acerta no tom em uma personagem que é completamente fora do padrão de protagonistas de séries juvenis. Sua personalidade mórbida e fechada, esconde por trás uma adolescente como qualquer outra, que sente dificuldade em encontrar o seu lugar no mundo e que passa por problemas com os pais e com situações rotineiras da adolescência (como o primeiro amor).

Divulgação: Netflix


Além da excelente performance de Jenna, Gwendoline Christie também está maravilhosa como a diretora da "Nevermore Academy" e Catherine Zeta-Jones e Luis Guzmán são ótimas novas versões de Morticia e Gomez. Outro destaque é Christina Ricci (interprete de Wandinha no filme de 91) como uma das professoras da Academia. Sua presença tem um "quê" de nostalgia e também traz uma oportunidade de rever uma atriz tão talentosa em um papel cômico e divertido.


Narrativamente falando, a história de "Wandinha" é similar a de outras séries juvenis com personagens singulares. Por conta da suas ações violentas, a jovem é mandada para uma academia repleta de alunos problemáticos e precisa lidar com um mistério que assola além dos muros da escola. O plot não surpreende, mas é consistente e segura muito bem sua trama durante os oito episódios.


A nova fórmula pode não agradar aqueles que esperavam ver os valores da família Adams nas telas, mas, "Wandinha" consegue entender bem o seu público-alvo e entrega uma história que é puro entretenimento e que deverá angariar novos fãs para personagem e deixa uma mensagem extremamente positiva para os mais novos de como crescer em um mundo que te considera diferente.


Nota: 4/5

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