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  • Foto do escritorÁvila Oliveira

Crítica | A Chamada

Se balançar a filmografia do Liam Neeson caem pelo menos uns outros sete desses

Foto: Divulgação


Matt Turner (Liam Neeson) é um executivo que se prepara para levar os filhos na escola. Ao ligar o carro, ele recebe uma ligação anônima informando que há uma bomba embaixo do seu assento e que eles não poderão sair do carro ou descumprir quaisquer de suas ordens senão o carro explode. Deixando um rastro de incidentes por onde passa, Matt fará tudo que está em seu alcance para sair dessa situação e salvar sua família.


Antes de qualquer coisa eu tiro o chapéu para Liam Neeson que aos 71 anos ainda trabalha em filmes de ação e é um dos principais nomes do gênero, porém o gênero vem evoluindo nos últimos anos de forma a intensificar experiências, seja em desdobramentos do roteiro ou seja explorando a construção da ação no sentido mais puro da palavra. Infelizmente insistem em dar papéis para Neeson em ‘filmes de pai’, filmes com estruturas engessadas e que parecem ter parado no tempo, onde o protagonista faz de tudo para salvar sua família de um conflito inesperado. E esse é exatamente só mais um.

Foto: Divulgação


Nada no longa é novo. Com 15 minutos você já sabe o que está acontecendo o que vai acontecer e como vai acontecer precisamente. Não há qualquer frescor, não há qualquer inventividade e não há qualquer motivo para esta produção ser marcante ou sequer relevante. O vilão, por assim dizer, é previsível, e o final é tão previsível que juro que consegui imaginar até mesmo o enquadramento de câmera antes de acontecer. É tudo bem genérico a ponto de se tornar chato. Eu sou daqueles que concorda que a ação pela ação – às vezes – é muito melhor do que um filme que luta para entregar um pretexto ou uma mensagem profunda, que tente validar sua existência – e que não consegue. E A Chamada se esforça demais ser emotivo e meloso para trazer um envolvimento do espectador com aquela história e com aquela família, mas falta liga em todo o processo. As histórias de fundo são entediantes e não apresenta qualquer embasamento para uma boa motivação.


Liam Neeson já começa com aspecto de cansado, de desinteressado e todo o restante do elenco o acompanha nesse ritmo maçante de que aquele vai ser apenas mais um filme para todos eles. E sabe o que deixa tudo ainda mais baixo astral? É saber que esse é um remake de um longa espanhol (O Desconhecido, 2015) que certamente deve ser mais orgânico do que esta nova versão.


Para não ser injusto, a segunda metade apresenta uns dois ou três bons momentos de tensão para presentear o espectador que conseguir chegar até lá. São tantos furos de roteiro, tantos parênteses não fechados, tantas perguntas sem respostas e tantas respostas sem motivo que por várias vezes parece apenas que estamos assistindo a uma propaganda de uma hora e meia de tal novíssimo carro da Mercedes-Benz.


Complementando a frase que falei no início, na filmografia de Liam Neeson existem vários outros filmes semelhantes a esse, a diferença é que muitos deles são bons.


Nota: 1/5

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