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  • Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | A Menina Que Matou os Pais - A Confissão

Nem sempre sequências são necessárias, especialmente histórias de crimes reais

Foto: Divulgação


O consumo de produtos de Crimes Reais tem aumentado cada vez mais em todos os lugares do mundo. O gênero se tornou um fenômeno midiático com podcasts, séries e filmes documentais e em produções dramatizadas baseadas em casos muito conhecidos pela população. Óbvio que no Brasil isso não seria diferente, e, no ano passado foi lançada no Prime Video a duologia A Menina que Matou os Pais/O Menino que Matou meus Pais, baseada no livro ‘Casos de Família’ da Ilana Casoy sobre o Caso Richthofen.


Com um conceito de filmes gêmeos, os dois contaram a mesma história de pontos de vista diferentes do planejamento e da execução do crime, alternando cenas do interrogatório dos acusados após a prisão. Os dois longas fizeram bastante sucesso em 2021, porém, muitos espectadores reclamaram que nenhum dos dois filmes mostrava o processo de investigação e descoberta dos assassinos, então, como a voz do fã é uma ordem, o Prime Video desenvolveu um terceiro capítulo dessa história para o streaming com A Menina que Matou os Pais: A Confissão.


Neste terceiro filme, também dirigido por Maurício Eça e roteirizado por Raphael Montes e Ilana Casoy, não existe dualidade. Fica claro que a mandante do crime foi Suzane e a dicotomia presente nos dois filmes anteriores desaparece, deixando claro quem, de fato, foi a mente por trás do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen. Baseado nos autos do processo, o longa começa do momento do crime e acompanha Suzane, Daniel e Christan até o indiciamento policial.

Foto: Divulgação


Acrescentando essa camada investigativa, o filme ganha ainda mais um ar de um true crime com a inserção da equipe encabeçada pela Delegada Helena (Bárbara Colen). Por ser um caso extremamente conhecido e forte no imaginário brasileiro, o roteiro de A Menina que Matou os Pais: A Confissão peca em ser muito didático, ligando ponto a ponto os pormenores do crime com um ar um pouco sensacionalista e populista penal, perdendo a chance de explorar a parte mais psicológica da história.


As atuações do filme, sem dúvidas, são os pontos mais positivos. Carla Diaz, Leonardo Bittencourt e Allan Souza Lima estão muito bons em seus papéis. Bárbara Colen foi uma adição ótima ao elenco e é por conta deles que até os diálogos mais rasos se tornam mais maleáveis e assistíveis às suas 1h38 de longa metragem.


No fim das contas, o saldo é que A Menina que Matou os Pais: A Confissão desperdiça o potencial de contar uma história tão conhecida de uma maneira inovadora, menos Linha Direta por parte do seu roteiro, e se torna mais um produto midiático de média qualidade que se aproveita do interesse público pela morbidez e por crimes chocante para surfar no hype dos crimes reais.


Nota: 2,5/5


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