top of page
Background.png
capa-cabeçalho-site.png
Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | Agatha Desde Sempre (Minissérie)

Uma lufada de frescor e qualidade na fraca sequência da Marvel na TV

Foto: Divulgação/ Disney+


É um fato universalmente conhecido que as produções do Universo Cinematográfico da Marvel saturaram para o seu telespectador. Além da grande quantidade de filmes produzidos em quantidade quase industrial, quando o MCU adentrou no universo das séries no Disney+ com Wandavison, lá em 2021, tudo isso piorou com um volume extenso de séries desse cenário compartilhado, que pareciam se preocupar mais em fazer volume e encher referências o seu público do que entregar um bom conteúdo. 


Quase três anos depois, a série Agatha Desde Sempre é lançada, e, para surpresa de muitos, traz um frescor pouco antes visto em um universo tão repetitivo e repleto de marasmo. Agora trazendo como protagonista a grande vilã de Wandavision, a série explora a origem da poderosa feiticeira Agatha Harkness, interpretada por Kathryn Hahn, onde após os eventos de Westview, Agatha agora está enfraquecida e desmotivada. No entanto, sua sorte muda quando um adolescente gótico misterioso (Joe Locke) a liberta de um feitiço distorcido e a convence a guiá-lo pela lendária Estrada das Bruxas, uma jornada mágica repleta de provações. Juntos, a dupla reúne um clã de bruxas desesperadas e embarcam em uma perigosa aventura em busca do que Agatha mais deseja: poder. 


Em nove episódios, lançados semanalmente até a última quarta-feira no Disney+, Agatha Desde Sempre explorou um universo mágico protagonizado inteiramente por mulheres, celebrando, em seu esplendor, uma trama que mistura bem elementos de comédia, drama, mistério e horror. Mesmo possuindo uma trama simples, a série consegue gerar no telespectador quase como um efeito de encanto, muito disso pelas excelentes atuações e pela química entre esses personagens. Além da excepcional Kathryn Hahn, Agatha Desde Sempre traz um Joe Locke muito seguro de si que evolui bem conforme os mistérios acerca do seu personagem vão se revelando. No coven, Sasheer Zamata como Jennifer Kale e Ali Ahn como Alice Wu-Gulliver destacam-se, especialmente em seus episódios específicos, com momentos muito potentes e emocionantes. 

Foto: Divulgação/ Disney+


O destaque vai, sem dúvidas, para Patti LuPone como Lilia Calderu que em um episódio sete digno de prêmios, encanta com a história de uma bruxa que sempre soube qual seria o seu destino. Outra participação que rouba a cena é Aubrey Plaza como a misteriosa Rio, que tem ótima aparição nos episódios finais. É óbvio que Agatha Desde Sempre ainda é uma série da Marvel e, inevitavelmente, cai em clichês do gênero de séries de super-herois, mas nada que diminua a diversão e a qualidade de um produto muito superior ao seus antecessores. 


Não sou a maior fã da Marvel e olhava com descrença para Agatha Desde Sempre antes de dar play no primeiro episódio. Porém, é muito bom ser surpreendida e perceber que a Marvel ainda consegue uma lufada de ar fresco quando se aventura em novas tramas e novos protagonismos. Por mais que uma parcela do público incel do MCU julgue a série por sua óbvia representatividade racial e LGBTQIAPN+, Agatha Desde Sempre vai muito além disso e é entrega uma história madura sobre jornada, pertencimento e redenção de uma das personagens mais interessantes da Marvel em muito tempo.


Nota: 4/5

Hozzászólások


bottom of page