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  • Foto do escritorFilipe Chaves

Crítica : Agente Stone

Filme feito para o algoritmo, falha no básico: entreter

Foto: Divulgação


Gal Gadot é Rachel Stone, uma hacker do MI6 que na verdade é uma agente infiltrada e trabalha para “A Carta”, uma agência global que opera nas sombras tentando garantir a paz mundial. Stone precisa impedir que outra hacker (Alia Bhatt) roube uma poderosa e valiosa arma. A premissa genérica reflete no filme, que apesar de trazer interessantes aparatos tecnológicos para os espiões brincarem e uma baita reviravolta ali pelo meio, não consegue fazer com que o longa se destaque em meio a avalanche de lançamentos semanais do streaming e ainda dura mais do que precisava.


Duas horas não são muito tempo quando bem utilizadas pelo filme. Mesmo tendo cenas de lutas bem coreografadas e algumas não mais do que boas sequências de ação, a trama em si é tão vazia que não prende a atenção e a duração parece ser o dobro. A sensação constante é que alguém alguém já fez melhor em outro lugar. O texto é extremamente expositivo e recheado de frases prontas, sempre com um vilão explicando seu plano mirabolante. Como eu disse antes, há uma reviravolta que eu não consegui prever e essa cena é boa, o que poderia elevar o longa, mas nos leva a caminhos já conhecidos, sendo possível adivinhar até o que os personagens vão dizer.

Foto: Divulgação


Personagens esses que exalam o energia de uma porta. Longe de mim esperar que haja qualquer complexidade neles, mas eu gostaria de pelo menos torcer por algum, o que não foi o caso. Gal Gadot é linda e carismática, mas não é exatamente conhecida por seu talento. Não que o roteiro exigisse muito dela, mas a moça nunca esteve tão apática quanto aqui. Jamie Dornan segue o fluxo e está no automático. Alia Bahtt até tenta fazer algo com sua jovem Keya, mas não há muito para salvar. O resto do elenco está ali como um apoio descartável e são desperdiçados, assim como uma participação de uma grande atriz que devia estar precisando de alguma reforma em casa.


Minhas expectativas eram baixas e eu queria só entretenimento. Infelizmente não achei. A direção falha em qualquer tentativa de criar uma tensão, e a criatividade e ousadia – com aquele pezinho no irreal – ficaram restritas a uma única sequência, assim como o fator surpresa existiu em apenas uma cena. O alívio cômico, que é sempre bem vindo no gênero está completamente ausente e eu não consegui esboçar um sorriso. Aliás, o único sorriso foi de alívio quando finalmente acabou. Agente Stone é um dos piores filmes do ano e aparentemente não queria ser mais do que isso.


Nota: 2/5


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