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Foto do escritorMaryana Leão

Crítica | Hackers no Controle

Filme holandês original Netflix promete muita ação e perseguição, mas entrega história monótona e cansativa

Divulgação: Netflix


Filmes e séries sobre hackers ou crimes cibernéticos geralmente chamam a atenção do público e costumam ser bons longas de ação, divertidos e ótimos para passar o tempo. No trailer, a ideia dada ao telespectador é a de que "Hackers no Controle" poderia ser um daqueles clássicos a passar na Temperatura Máxima, para assistir logo depois do almoço com a tradicional preguiça de domingo. Porém, infelizmente, não é isso que o filme entrega.


Sendo o primeiro filme de ação holandês com o selo original Netflix, "Hackers no Controle" acompanha a trajetória de Mel Bandison, uma hacker que ao fazer seu trabalho checando o sistema de um ônibus autônomo de alta tecnologia acaba desarmando outro hacker, e com isso derruba involuntariamente uma rede criminosa internacional. Como consequência disso, Mel se vê alvo de uma armação e é acusada de um homicídio que ela não cometeu. Daí em diante, a protagonista é obrigada a fugir da polícia enquanto se esconde dessa rede criminosa.


Lendo a sinopse já é de se imaginar o rumo que a trama seguirá, e dá para entender que a premissa e o roteiro não prometem nada de inovador ou extraordinário, mas a esperança é de que seja, pelo menos, um bom filme de ação. Contudo, a ação pela qual ele é vendido simplesmente não acontece, e praticamente todas essas cenas são mostradas no trailer.

Divulgação: Netflix


A personagem principal, Mel Bandison, é uma hacker inteligente e foda, mas o roteiro a coloca em situações muito estúpidas que claramente não aconteceriam com aquela pessoa. Além disso, fica óbvio que o texto teve zero preocupação em construir bem o background dessa e do outro personagem, Thomas Deen, que são aqueles com maior tempo de tela. São criados, assim, personagens rasos com os quais o telespectador não se importa ou dá a mínima para o destino deles durante o filme, pois, só parecem ser dois estranhos correndo de um lado para o outro sem saber o que fazer.


Em alguns momentos a história se arrasta, principalmente quando chega ao segundo ato, e mesmo tendo só uma hora e meia ele fica bastante cansativo. No que diz respeito à ação, os personagens ficam correndo a todo momento na tentativa de dar uma sensação de rapidez, perigo e urgência, mas isso não acontece tanto porque essas cenas são curtas e duram muito pouco, quanto pela trilha sonora que é medíocre e não contribui em quase nada para melhorar algo que já não era tão bom.


O filme começa a se ajeitar e melhorar somente no terceiro ato. É quando a ação de verdade começa a acontecer, a relação entre os personagens melhora e a história parece seguir algum rumo. Porém, já não tem mais tempo e tudo acaba sendo muito corrido e acelerado.


Por fim, quem for assistir esperando uma boa ação para passar o tempo provavelmente irá se decepcionar muito. Durante quase todo o tempo, o filme parece que não anda para nenhum lugar e não caminha para construir uma boa história. Além disso, a direção das cenas ação - as poucas que tem - é travada e não te colocam na trama. Não foi dessa vez que a Netflix conseguiu emplacar mais um acerto.


Nota: 2/5

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