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  • Foto do escritorÁvila Oliveira

Crítica | Imaginário: Brinquedo Diabólico

Difícil aceitar que não se trata de uma paródia

Foto: Divulgação


Na história, Jessica (DeWand Wise) se muda de volta para sua casa de infância com sua família. Lá, sua enteada mais nova Alice (Pyper Braun) desenvolve um estranho apego a um urso de pelúcia chamado Chauncey, que ela encontra no porão. Alice começa a brincar com Chauncey e os jogos se tornam cada vez mais perigosos. À medida que o comportamento de Alice se torna cada vez mais preocupante, Jessica percebe que Chauncey é muito mais do que apenas um ursinho de pelúcia ou um amigo imaginário.


Os últimos dois anos têm visto uma modalidade nova de filmes terror que ao mesmo tempo que tenta assustar tenta ser um “filme-família”. Os resultados variam e transitam entre filmes bobos divertidos, bobos assustadores, bobos não intencionalmente engraçados e só bobos mesmo – e nenhum deles é realmente bom. São terrores higienizados, polidos e sem qualquer personalidade. Lembram os episódios da série antológica dos anos 90 Clube do Terror, com a diferença que o programa de televisão não se propunha ser algo a mais do que uma série para adolescentes, e assim se resolvia muito bem.

Foto: Divulgação


São tantos os problemas em Imaginário: Brinquedo Diabólico, que quando o longa acerta parece que foi sem querer. Primeiro que demora, mais precisamente até o terceiro ato, para o ele se assumir como um filme de fantasia, porque é isso que ele é. O roteiro tenta enganar por diversas vezes o espectador sobre a real intenção do texto, se é terror psicológico ou se é terror demoníaco, mas o terror fantástico é o que sustenta o enredo e quando isso é descoberto é literalmente tarde demais para querer que tudo que foi visto seja levado a sério. Se desde o começo do seu desenvolvimento o roteiro construísse uma narrativa à lá Coraline e o Mundo Secreto (2009) eram inúmeras as possibilidades de desdobramentos explorando esse espaço utópico.


A história flerta com o humor em alguns trechos, e supreendentemente apenas nesses momentos é que o filme tem bons resultados, a maioria das vezes involuntariamente, ao ponto de lembrar os áureos Todo Mundo em Pânico tamanho o refinamento com os sustos e também com o humor.

Nada funciona como deveria, os personagens não têm carisma (apesar do elenco que se esforça e mostra que está levando aquilo tudo a sério), e alguns personagens honestamente não tem função ou razão de existir, as resoluções não fazem sentido dentro da própria bobagem criada, e nem mercadologicamente o filme tem um mote que justifique a sua execução, nada é vendável ou marcante o suficiente para se impor. É uma ideia que deveria ter ficado apenas no imaginário.


Nota: 1,5/5

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