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  • Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | Meninas Malvadas: O Musical

Remake musical atualiza o clássico adolescente e o torna ainda mais barro!

Foto: Divulgação


Adaptar um clássico para os dias atuais não é fácil. Mas, Tina Fey, em 2017, já tinha feito isso muito bem com a versão teatral do seu próprio roteiro de 2004. Com o grande sucesso do musical da Broadway, não demorou para que a história revitalizada para os palcos chegasse também nas telas grandes, e, nesta quinta-feira, 11, Meninas Malvadas estreou nos cinemas encontrando o seu próprio tom dentro de um universo exaustivamente conhecido pelo público millennial.


Desde a presença reduzida de certos personagens ao envolvimento das redes sociais, a versão de 2004 e a atual possuem algumas diferenças narrativas, obviamente mantendo a essência do clássico, mas posicionando a história dentro do contexto atual em que vivemos e diminuindo algumas problemáticas da sua primeira versão. O roteiro, universalmente já conhecido, nos apresenta Cady Heron (Angourie Rice), uma adolescente que morava no Quênia e que era educada em casa pela mãe (Jenna Fischer).


Quando as duas se mudam para o os Estados Unidos, Cady começa a frequentar a escola pública e é recebida pelo topo da cadeia alimentar social: o das garotas populares conhecido como "The Plastics", governado pela abelha-rainha Regina George (Reneé Rapp) e suas seguidoras fiéis Gretchen (Bebe Wood) e Karen (Avantika). No entanto, quando Cady comete o grande erro de se apaixonar pelo ex-namorado de Regina, Aaron Samuels (Christopher Briney), ela acaba se tornando rival da abelha-rainha da escola. Enquanto Cady se prepara para derrubar Regina com a ajuda de seus amigos excluídos Janis (Auli'i Cravalho) e Damian (Jaquel Spivey), ela deve aprender como permanecer fiel a si mesma enquanto navega na selva mais cruel de todas: o ensino médio.

Foto: Divulgação


Sob a direção da dupla Samantha Jayne e Arturo Perez Jr., o novo Meninas Malvadas é uma adaptação muito boa que imprime o seu estilo desde os minutos iniciais. Obviamente, adaptar uma peça de dois atos para um filme de 1h 52m que precisa ser comercial traz algumas perdas para o desenvolvimento de alguns personagens e da narrativa como um todo, mas nada que prejudique o entendimento da história. Com a história mais enxuta, essa nova versão dá destaque para as melhores canções da peça, que complementam incrivelmente os diálogos e o storyline de cada personagem e suas motivações.


Falar de Meninas Malvadas e não falar de Regina George é quase uma blasfêmia. A marcante atuação de Rachel McAdams parecia demarcar a personagem. Só parecia, até encontrar Reneé Rapp. A atriz e cantora americana, que interpretou a personagem nos palcos em 2019 e 2020, é uma catarse como uma das vilãs mais amadas da ficção. A Regina de Reneé não é tão cínica quanto a de McAdams, na verdade, ela exala uma força magnética misturada com uma autoconfiança de alguém que sabe que é incrível, até se sentir ameaçada por algo ou por alguém.


Reneé não é o único acerto do elenco. Auli'i Cravalho como Janis traz um frescor a uma personagem que, no original, não era tão aprofundada. Suas performances (em especial, I’d Rather Be Me) são excelentes e nos mostram um outro lado de Janis que não conhecemos, além disso, a química entre ela e Damian torna a dupla um trunfo para a história. Avantika como Karen e Bebe Wood como Gretchen também são incríveis em performances divertidas e com muita personalidade. A protagonista Angourie Rice também é bastante talentosa, mas não consegue transitar tão bem entre a Cady meiga e a megera.


De qualquer forma, Meninas Malvadas consegue provar a atemporalidade da sua história que ressoou com o público quando foi lançada em 2004 e deve ressoar novamente em 2024 abordando temas como amizade, identidade, os desafios de se encaixar e as consequências de fofocas e das manipulações. Essa nova versão é quase como um tributo musical, que consegue se destacar com brilho e personalidade própria. Nem tudo precisa de remake, mas, no caso de Meninas Malvadas, essa repaginada foi positiva.


Nota: 4,5/5


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