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  • Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | O Chamado 4: Samara Ressurge

Um filme tão ruim que te faz querer assistir a fita amaldiçoada na íntegra e ser assassinado por Samara para não vê-lo

Foto: Divulgação


Nos anos 2000, uma geração de fãs de filmes de terror ficou marcada pela presença de Samara Morgan e o seu VHS macabro. O Chamado e O Chamado 2”foram lançados 2003 e 2005 e adaptaram para o público americano o longa japonês Ringu de 1999. Depois de tantos anos, a franquia, sem dúvidas, se consolidou como um dos maiores clássicos modernos do gênero com diversas continuações e versões nos dois países. A mais recente delas foi intitulada O Chamado 4 - Samara Ressurge e chega às salas de cinema do Brasil nesta quinta-feira, 27.


Antes de tudo, vale ressaltar que na verdade o longa foi produzido no Japão e está posicionado no mesmo universo da versão japonesa, então, não estamos lidando aqui com Samara Morgan (criada na versão americana) e sim com Sadako. Nesse contexto, a vilã já possui características muito próprias que já se proliferaram em outros capítulos da franquia (como o que Sadako enfrenta Kayako, de O Grito). A confusão é clara: Mesmo sendo uma sequência da franquia japonesa, o longa foi traduzido no Brasil como se fosse o quarto filme da franquia americana.


Mas seguindo para a história que temos agora, em O Chamado 4, somos apresentados a uma atualização moderna e tecnológica da história de Samara/Sadako que agora é invocada através de vídeos amaldiçoados que são disseminados pela internet. Além disso, as vítimas também morrem em 24 horas, não mais sete dias, como de costume. Nesse cenário, Ayaka, uma estudante de pós-graduação, depois de saber que sua irmã assistiu ao conteúdo por diversão, tenta desvendar os mistérios por trás do vídeo.

Foto: Divulgação


Dirigido por Hisashi Kimura e escrito por Kôji Susuki e Yuga Takahashi, O Chamado 4 - Samara Ressurge não é uma história de terror como estamos acostumados a ver. No longa, a trama de Samara se mistura a uma tentativa de comédia pastelão que não funciona em nenhum momento e mais lembra a participação da vilã em Todo Mundo em Pânico do que seus próprios filmes. Obviamente, o filme consegue ser visto de forma solitária, pois, não faz nenhuma menção a lendas e a história de Samara/Sadako, tornando a mesma vazia e sem nenhuma motivação relevante.


Tentando seguir uma linha narrativa que envolve a disputa da ciência com o misticismo, o roteiro do filme se perde nessa dualidade de gêneros e não entrega um bom filme. Além disso, toda a construção de personagens é extremamente caricata, fazendo com que todos sejam muito insuportáveis. O Chamado 4 tem também uma fotografia muito clara e uma trilha sonora totalmente destoante e essa falta de cuidado com os aspectos técnicos não ajudam e tornam o longa uma experiência difícil de ser assistida.


Essa nova versão não faz jus aos bons longas do início dos anos 2000 que fizeram sucesso para o público e também não faz jus aos bons filmes que foram produzidos no Japão nos últimos anos. O Chamado 4 - Samara Ressurge é ruim em todos os aspectos e não merece ser colocado junto dos outros longas da franquia.


Nota: 0,5/5

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