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  • Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | O Verão Que Mudou a Minha Vida (Temporada 2)

Segundo ano da série foca em triângulo amoroso com muita Taylor Swift de trilha sonora

Foto: Divulgação


É difícil ver uma série voltada para o público adolescente fazer sucesso como clássicos da TV aberta americana faziam antigamente. Aquelas histórias meio irreais mas ao mesmo tempo identificáveis viveram a sua era de ouro nos anos 2000 retornaram, dessa vez nos streamings, seguindo a tendência de adaptar livros de sucesso para o público juvenil. E após uma primeira temporada bastante comentada nas redes sociais, a série O Verão que Mudou a Minha Vida chega para o seu segundo ano no Prime Video com o roteiro baseado na trilogia da autora Jenny Han.


Depois dos acontecimentos da primeira temporada, acompanhamos uma história bem mais triste e densa dessa vez. Intercalando cenas do presente (no verão) com os momentos e situações que ocorreram durante o resto do ano. Vemos Isabel Conklin (ou Belly) passando por uma fase extremamente difícil após a morte de Susannah, da sua separação repentina com Conrad e da falta de contato com Jeremiah. A jovem se encontra perdida, com raiva e tendo uma péssima relação com sua mãe ao mesmo tempo. O combo do sofrimento adolescente né?


Já os irmãos Conrad e Jeremiah Fisher vivem o luto de formas diferentes após a perda da mãe. Porém, a notícia de que a casa de praia em Cousins Beach será colocada à venda reúne Belly, Conrad, Jeremiah e os amigos novamente na tentativa de salvar o local onde todos guardam as melhores lembranças da família.


Lançada de forma semanal pelo Prime Video, a série soube aproveitar muito bem a serialidade e foi bastante comentada durante os meses de julho e agosto, atraindo cada vez mais público para sua trama. Em especial nesta temporada, o triângulo amoroso introduzido no seu primeiro ano é explorado ao extremo, dividindo não só a protagonista mas também os telespectadores que acompanham a história.


De fato, Belly é uma personagem egoísta em diversos momentos da trama, algo natural para uma adolescente, cujo os problemas parecem bem maiores do que são de fato. Dentre todos os personagens, a protagonista foi a que menos amadureceu e teve seu arco um pouco reduzido aos irmãos Fisher e seus problemas amorosos.

Foto: Divulgação


Não entrando no mérito sobre qual casal é melhor, também percebemos um desenvolvimento maior do Conrad e do Jeremiah após enfrentarem uma perda tão difícil. O primeiro, em especial, teve momentos cruciais para entendermos suas particularidades, suas decisões e o sofrimento latente em perder a mãe para uma doença tão cruel. Jeremiah também aparece, com menos destaque nesses pontos, mas temos alguns vislumbres da sua relação com o irmão e a mãe fora de Cousins Beach.


O destaque da segunda temporada de O Verão que Mudou a Minha Vida é sem dúvidas de Steven e Taylor, irmão e melhor amiga da protagonista respectivamente, a relação dos dois que dava alguns indícios ali no seu primeiro ano, se desenvolve de uma forma muito bonita e divertida (com direito até a trend no Tik Tok ao som de Party in the USA). O retorno de Cam e a adição de Skye também foram fundamentais para os momentos mais divertidos da temporada.


Tecnicamente, a série tem uma fotografia belíssima e constrói bem suas narrativas com um roteiro bem amarrado. A trilha sonora, repleta de Taylor Swift e outros sucessos pop, casam bem com a história e também atraem o público que é fã para a tela do streaming. Os atores jovens seguram bem a onda nessa temporada que requer um drama maior. Destaco Lola Tung e Christopher Briney como Belly e Conrad e também Jackie Chung e Kyra Sedgwick no elenco adulto.


O Verão que Mudou a Minha Vida não é uma série inovadora e nem se propõe a ser. Ela, na verdade, faz com maestria os clichês do gênero em uma roupagem voltada para a geração atual com temas mais profundos e progressistas do que as clássicas séries que a minha geração assistia e se inspirava. Como seu material original só possui três livros, é bem possível que a próxima temporada seja a última e, tenho quase certeza, que valerá a pena esperar e acompanhar essa jornada.


Nota: 4/5

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