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Crítica | Plantão Policial (1ª temporada)

Foto do escritor: Filipe ChavesFilipe Chaves

Atualizado: 15 de jan.

Uma boa série que tinha potencial para ser ótima, mas não consegue chegar lá

Foto: Divulgação


Eu confesso que estava saudoso de assistir alguma coisa no formato procedural, aquele clássico “caso do dia” e saber que Dick Wolf, um mestre da televisão estadunidense, produtor de tantos clássicos como a franquia Law & Order, estava envolvido com a série, logo me animei. Estrelada por Troian Bellisario, a Spencer de Pretty Little Liars, no papel da policial de treinamento Traci Harmon, ela é acompanhada pelo novato Alex Diaz (Brandon Larracuente) no carro de patrulha atendendo a chamados dos casos mais diversos possíveis, enquanto busca o culpado pelo assassinato de uma colega. É uma premissa sem inovação, porque a série praticamente não tem nenhuma mesmo.


Sabe aquele programa Polícia 24h que passava na Band? Então, é basicamente uma versão ficcional dele, mas ao invés de se aproveitar disso e explorar mais as possibilidades dramáticas e narrativas, há muito mais foco no plantão do que em desenvolver os personagens pessoalmente, porque se eles estão em constante perigo é essencial que nos importemos com eles, mas para isso precisamos conhecê-los. Através dos casos que eles enfrentam no dia a dia – alguns mais dramáticos, outros mais tensos e alguns até engraçados –, vamos tendo pequenos vislumbres de quem eles são, com ênfase no “pequenos”. A curta duração dos episódios é um ponto prejudicial neste sentido, devo dizer. Facilita a maratona, mas já há tanta facilidade na TV, que algo mais complexo viria a calhar bem e enquanto os desdobramentos não são ruins, são extremamente previsíveis em um roteiro que jamais desafia o telespectador.

Foto: Divulgação


Bellisario é uma boa atriz e se afasta bem do papel de patricinha que a fez famosa, agora na pele dessa policial durona e, claro, com um passado que ela prefere não falar sobre e, óbvio, com uma irmã problemática. É um clichê, mas que tem uma performance humanizada nas pequenas chances que o texto dá a ela. Larracuente, que eu não conhecia, manda bem como Alex, o policial novato, ingênuo e bonzinho demais, que aos poucos vai criando uma casca com o desenrolar dos acontecimentos no trabalho. Outro clichê, mas que também funciona. Outros rostos conhecidos que completam o elenco são Eriq LaSalle, de ER (Plantão Médico) e Lori Laughlin, de Full House (Três é Demais) e 90210, como dois policiais veteranos, ela uma tenente e ele frustrado porque não conseguiu a patente, mas apesar de também não fugirem do esperado, eu definitivamente queria ver mais deles. Quem sabe em uma possível 2ª temporada.


São oito episódios nesta temporada inaugural e em meio a casos até criativos e empolgantes, há um caso maior por trás, como é de praxe nesta estrutura narrativa. Pela falta de aprofundamento nos personagens, a série não consegue ter a importância que ela mesma se dá. É bem dirigida, com algumas ótimas sequências de ação e boas sacadas através de um jogo de câmeras com uma troca rápida através das câmeras no uniforme policial, e quando o recurso é bem usado é muito eficaz, mas depois se torna um pouco cansativo. O último episódio traz uma ou outra reviravolta, porém a construção delas é sentida há tempos. Faz sentido dentro da trama, no entanto não consegue surpreender. O saldo final é positivo como uma série que é bacana, muito “maratonável”, no entanto não vai além e não se destaca entre as 300 que os streamings lançam mensalmente. É agradável, mas esquecível.


Nota: 3/5


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