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  • Foto do escritorGabriel Sousa

Crítica | Schmigadoon! (2ª temporada)

Com grande elenco e mágica história, a nova temporada encanta ainda mais que a primeira

Foto: Divulgação


Musicais sempre foram polêmicos. Uma grande parte da população odeia o gênero pelo simples fato que os personagens cantam para melhor expressar seus sentimentos. Ao mesmo tempo temos uma pequena parte que é fascinada, assistem a todos os filmes e séries disponíveis, além de escutar álbuns (e assistir gravações ilegais) de peças que têm como seu maior elemento grandes números que ligam a história através de música e dança. Para essa parte da população que Cinco Paul criou Schmigadoon!, série que está estreando sua segunda temporada semanalmente no Apple TV+.

Continuamos a acompanhar a história de Josh e Melissa, que depois de voltar para suas vidas mundanas em Nova Iorque, decidem tentar retornar para a mágica cidade de Schmigadoon, lugar colorido e encantador que engloba os musicais das décadas de 40 e 50. Para a surpresa dos protagonistas eles reencontram alguns rostos familiares na cidade de Schmicago, um local sombrio e misterioso que captura a essência dos musicais das décadas de 60 e 70, só que os antigos amigos não lembram do casal, além de terem uma personalidade totalmente diferente do que assistimos na primeira temporada.

Foto: Divulgação


Mais uma vez o ponto alto da produção são as inúmeras referências à dezenas diferentes peças teatrais, desde músicas inteiras baseadas em grandes números da Broadway, a coreografia, figurinos e pequenas piadas que enchem o coração do espectador que acompanha o mundo dos musicais de perto. A série também consegue evoluir estas referências, transformando-as em pontos narrativos importantes para a evolução da história e personagens, tudo baseado em musicais da época.

Outra incrível realização são seus atores, principalmente os que interpretam personagens coadjuvantes. A segunda temporada adiciona Tituss Burgess ao elenco, interpretando um encantador narrador para a história. Também temos a volta dos fenomenais Alan Cumming, Kristen Chenoweth, Jane Krakowski e Aaron Tveit, apesar de quem realmente rouba a cena entre os coadjuvantes é Dove Cameron, que interpreta uma personagem baseada na clássica Sally Bowles de Cabaret. Keegan-Michael Key e Cecily Strong voltam como os seus personagens anti carismáticos, que deveriam entrar na lista de protagonistas mais irritantes da ficção. Infelizmente a participação da ganhadora do Oscar Ariana DeBose é reduzida nesta temporada devido a sua agenda, mas ela ainda consegue nos encantar quando aparece em cena.

Foto: Divulgação


Desde a primeira temporada era visível ao espectador mais atento que as histórias desenvolvidas na tela se baseiam dos estilos narrativos usados na década em que a cidade é baseada. Enquanto a primeira temporada somente focava nos protagonistas, a segunda deixou os coadjuvantes desenvolverem suas histórias, tornando a série mais agradável. Um ponto negativo em torno da narrativa é que a história principal é muito parecida com a da temporada anterior, parecendo que os personagens esqueceram tudo que evoluíram para aprender a mesma lição, felizmente a série acaba largando essa trama no meio da temporada, dando ainda mais espaço para os personagens secundários brilharem.

Em quesito dos números musicais, é visível que muitas vezes devido ao grande elenco eles tentam enganar o espectador através de jogo de câmera para trazer um grande número de personagens aparecerem juntos, o que interfere nos dois grandes números da série, mas, mesmo assim conseguem trazer a essência de suas diferentes referências. O trabalho visual da série também tem que ser aclamado, com um incrível design de produção que consegue juntar o lado sombrio dos anos 60 , com os hippies da década de 70, sem fazer nada se destoar do tom.


Schmigadoon! não vem para mudar a opinião daqueles que odeiam musicais. Pelo contrário, a série serve como uma espécie de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa trazendo referências que fazem o espectador gritar, dançar e cantar com os novos episódios. Através de seus personagens coadjuvantes, e os incríveis atores que os interpretam, nos aproximamos mais ainda deste mágico mundo, que espero que continue evoluindo e nos traga muitas décadas de musicais para assistirmos.


Nota: 3,5/5

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