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Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | Selena Gomez: Minha Mente e Eu

Documentário demonstra a necessidade de abordar a temática das doenças mentais e da importância de vozes como as de Selena

Divulgação: Apple TV+


Selena Gomez é um nome conhecido por crianças, jovens e adultos desde 2007. Ela iniciou sua carreira na série infantil “Barney & seus amigos” mas foi catapultada ao sucesso após estrelar “Os Feiticeiros de Waverly Place” na Disney Channel. Desde então, Selena vem posicionando seu nome na indústria em diversos setores do entretenimento, se destacando como cantora e atriz em um mundo cada vez mais hiperconectado nas redes sociais e na vida das celebridades.


Crescendo e sendo observada a cada passo, Selena, agora com 30 anos, viveu altos e baixos na sua carreira. As histórias por trás do que era exposto pela mídia, a estrela conta em seu novo documentário que lança amanhã, 4, na Apple TV+. “Selena Gomez: Minha Mente e Eu” é um retrato intimista da artista que explora a sua luta contra o lúpus, a bipolaridade e a depressão nos últimos seis anos da sua carreira. O filme é dirigido por Alek Keshishian, responsável pelo clássico “Na Cama com Madonna”, de 1991.


Já no início do documentário, voltamos ao ano de 2016 em plena era ‘Revival’ e no ápice da turnê que circulava por todo os EUA. Selena, neste momento, havia alcançado um alto nível de popularidade com o sucesso de suas canções e permanecia sempre em evidência na mídia após o seu conturbado relacionamento com o também cantor Justin Bieber. Nestas circunstâncias, a jovem vivia em uma situação de alto estresse mental e precisou encerrar a turnê mais cedo após um grave episódio de ataque de pânico.

Divulgação: Apple TV+


A partir daí, Selena precisou entender, lidar e conviver com o diagnóstico de lúpus e todas as consequências (físicas e mentais) que a doença trouxe para sua vida. No documentário, conseguimos perceber as dores e as frustrações de uma menina jovem, amada por milhares, que não conseguia encontrar o amor próprio no meio de tantas turbulências em sua vida pessoal. Todo esse processo de cura e de reencontrar a si mesma e as pessoas ao seu redor é documentado e é incrível perceber como, aos poucos, Selena ia se reconstruindo para se tornar uma mulher cada vez mais consciente dos seus problemas.


Para mim, pessoalmente, Selena sempre foi um grande exemplo ao ser tão aberta e honesta com seus fãs e com o resto do mundo ao falar sobre doenças mentais de uma maneira tão íntima. Mesmo se sentindo insuficiente em vários momentos, Selena ainda persiste em dar o seu melhor e utilizar o seu alcance global para conscientizar cada vez mais pessoas acerca do tabu em relação a doenças como depressão, ansiedade e bipolaridade.


“Minha Mente e Eu” mostra essa progressão da Selena de 2016 à Selena que conhecemos agora. Perpassando pelo lançamento do seu mais recente álbum e da pandemia da Covid-19, os telespectadores têm acesso a uma parte da estrela que ainda é desconhecida por grande parte da mídia e entram (literalmente) nas entrelinhas das frases escritas em seu diário durante esse período conturbado.


Com 1h35, “Minha Mente e Eu” é um documentário simples, muito bem feito e produzido tecnicamente, que tem como seu ponto mais forte o amor e a vontade da sua protagonista em estar viva e continuar inspirando cada vez mais pessoas. Merece ser assistido por fãs, admiradores e até por quem apenas a conhece por nome. Tenho certeza que admiração perante a artista como ser humano, sem dúvidas, crescerá.


Nota: 4,5/5

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