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  • Foto do escritorDavid Shelter

Crítica | Só Se For Por Amor (1ª Temporada)

Apesar do talento de seu elenco, o cansaço da trama impede que a série atinja seu potencial.

Divulgação: Netflix Brasil


No dia 21 de Setembro chegou ao catálogo da Netflix a série brasileira ‘Só Se For Por Amor’, ambientada num cenário sertanejo, mas não se prendendo somente a isso, ela traz uma história repleta de personagens que têm uma ligação direta ou indireta por causa da música. Com um vasto elenco também versado em cantoria, ela inicia a sua trajetória apresentando um ponto de partida em comum para todos eles; a morte de um cantor amado do gênero em questão. A partir disso, tudo vai se afunilando para a trama central da temporada.


‘Só Se For Por Amor’, além de ser o título da série, é também o nome da banda formada por Deusa, interpretada por Lucy Alves, que é o maior destaque deles, tanto a atriz quanto a personagem, seguida de Filipe Bragança, responsável por interpretar Tadeu e ser o contraponto de drama da protagonista. Fechando a banda temos Micael, Adriano Ferreira e Giordano Castro. Juntos, eles encabeçam a trama até o momento em que ocorre a separação de Deusa, que aceita uma proposta de carreira solo, a partir daí a história começa a apresentar mais de perto cada um deles. A maior surpresa talvez seja a chegada de Agnes Nunes, que interpreta Eva, de início parece só mais uma personagem secundária, mas com o desenrolar de tudo ela acaba se agigantando, especialmente pela sua presença vocal.

Divulgação: Netflix Brasil


A série tem um começo bastante arrastado, o seu piloto tem um ritmo tão lento que em sua metade deixa a sensação de que já se passaram duas horas de episódio. O problema é que apesar de ter somente seis episódios, essa lentidão persiste por todos eles, causando uma fadiga que deixa o charme da série de escanteio. É até compreensível que se precise trabalhar os personagens, no entanto, parece não haver uma medida do que é necessário ser trabalhado nesse momento da série, gerando tramas e mais tramas e fazendo com que o tempo se estenda para caber tanta história que poderia ter sido cortada ou apenas encaminhada para ter um foco futuramente.


Entrando no quesito musical, que é onde a série tenta se encontrar, se o foco fosse somente nesse sentido, ela teria se dado muito melhor. Ela conseguiu reunir um elenco que encanta quando solta a voz, por mais que alguns falhem em outros quesitos. Como dito antes, Lucy Alves e Agnes Nunes são aqui quem mais se destacam, mas o interessante é que ela não se prende somente a seus personagens principais quando parte para o canto. Nos destaques coadjuvantes, tivemos a sorte de poder apreciar e admirar a talentosa Jeniffer Nascimento, que tem uma voz poderosa e que pode ter mais do seu potencial explorado futuramente. Também vale uma citação para Filipe Bragança, o ator que se tornou conhecido por 'Chiquititas', vem crescendo cada vez mais no cenário do audiovisual, e aqui ele mostra um pouco do seu talento como músico e cantor.


Por fim, apesar de ter um visual bastante bonito, ela exagera no drama fazendo surgir um cansaço que poderia ter sido evitado. É o tipo de produção que cria muitos caminhos por onde seguir e que vai se perder se não conseguir administrar bem tantas tramas que resolveu inserir e tantos personagens que decidiu destacar. Tem um elenco empenhado e que se encaixa bem, só precisa encontrar um ritmo melhor para o que ela tenta propor, para não pecar pelo excesso de tempo outra vez.


Nota: 3,5/5

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