top of page
Background.png
Header_Site3.png
  • Foto do escritorGabriel Sousa

Crítica | The Whale (TIFF 22)

A maestria de Brendan Fraser, Sadie Sink e Hong Chao.

Courtesy of TIFF


Todos temos ambições e desejos, mas, muitas vezes chega certos momentos em que devemos parar de focar em algo, para dar espaço a novas oportunidades. Para a sorte do público, o grande cineasta Darren Aronofsky, mesmo depois de dez anos, não desistiu de seu desejo de produzir uma versão da peça The Whale para as grandes telas. Depois de uma grande procura pelo ator certo para o papel principal, foi após assistir o trailer do filme brasileiro ‘12 Horas Até o Amanhecer’ que ele teve a certeza que Brendan Fraser seria a escolha certa para interpretar Charlie, um homem que sofre de obesidade severa e quando vê seu caso piorar decide tentar reconectar com sua filha (Sadie Sink) com quem não fala desde seu divórcio.


Após a magnífica recepção que Fraser teve depois da estreia mundial do filme no Festival de Veneza, não deve surpreender ninguém que não só ele foi a escolha certa para o papel, como também é a liga do filme. Se passando somente em uma locação, e com Charlie fazendo parte de quase todas as cenas, o ator interpreta o personagem de uma maneira que não faz piadas com seu problema médico. Fraser e o diretor foram capazes de mostrar que o personagem se encontra na atual situação devido ao que aconteceu, e, apesar de usar cenas que são criadas para enjoar o espectador, Brendan ainda eleva sua performance a algo mais que uma simples e fajuta crítica ao número elevado de casos de obesidade que muitos países têm.


O filme também conta com grandes atuações de Sink e Hong Chao, que interpreta uma enfermeira amiga de Charlie. As personagens são completos opostos, mas, conforme a história evolui vemos que, apesar delas não perceberem, as duas têm mais em comum do que imaginam. Enquanto Sadie entrega a clássica adolescente rebelde, que está prestes a reprovar o ensino médio, a personagem de Chao dá à atriz alguns momentos melhores para ela brilhar, principalmente com o apego que ela tem com o Charlie.


Divulgação: A24


A estética do filme nos ajuda a entrar no que se torna um apartamento claustrofóbico onde o protagonista vive. A diferente escolha de proporção de tela cria um ambiente mais fechado, nos aproximando das situações. A paleta de cores nos leva ao mundo sombrio que Charlie vive. Sem sair de sua casa, ele vive em uma apartamento onde a maioria dos cômodos se encontram em tons mortos, até vermos um cômodo que está trancado a um longo tempo.


The Whale é mais um grande acerto de Aronofsky, que prova que sua espera pela pessoa certa valeu a pena. Através de seu olhar cuidadoso, o filme cria uma ótima atmosfera, que consegue criar um misto de sensações contrastantes e fazem as quase duas horas de filme passar como se fosse um curta. Apesar de já ter sido repetido múltiplas vezes aqui, como em outras críticas e comentários de redes sociais, tem que ser lembrado a maestria com que Fraser comanda a tela, provando que ele ainda é um dos grandes atores de Hollywood, e deve ser continuamente tratado assim.


Nota: 4,5/5

1 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page