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  • Foto do escritorGustavo Henrique

Crítica | The Witcher (3ª temporada, parte 1)

Um começo morno para a despedida de Henry Cavill

Foto: Divulgação


A série baseada na saga literária do escritor Andrzej Sapkowski acaba de ganhar mais uma temporada na Netflix. O novo ano da produção marca a despedida de Henry Cavill no papel do bruxo Geralt de Rivia. Embora essa nova temporada tenha seus momentos empolgantes, também apresenta alguns pontos baixos, o que impede que a produção apresente todo o seu potencial.


Uma das maiores conquistas da terceira temporada é a interação do trio de protagonistas, que é carismático e divertido de acompanhar, embora em alguns momentos tomem decisões que desconstroem as lições aprendidas nas temporadas passadas. O destaque maior, como nas duas outras temporadas, é Cavill no papel do bruxo, que continua a cativar o público com sua presença. Dessa vez, o personagem abraçou o lado paterno e mais humano, indo além de simples respostas. Sua jornada também é uma das mais interessantes de acompanhar, permitindo que os espectadores mergulhem em suas motivações e conheçam um pouco mais do passado do bruxo.


Além do protagonista, outro personagem que parece ter evoluído é Yennefer (Anya Chalotra). Não só a atriz entrega uma melhor performance, como também o personagem começa a ser mais convincente. Já Ciri é um caso à parte no trio. Embora seja bastante divertido ver os três juntos como uma família, muitas decisões tomadas pelo personagem deram a impressão de que os acontecimentos das duas primeiras temporadas não ocorreram. Muitas vezes, Ciri volta a ser a princesa fugindo, como no início do primeiro ano da produção.

Foto: Divulgação


O ritmo da trama é equilibrado, com a produção finalmente acertando ao alternar entre a ação, intrigas políticas e o romance. Embora tenha despertado o incômodo de alguns fãs por se distanciar um pouco dos acontecimentos do livro, a série finalmente consegue expressar o tom melodramático presente na obra de Sapkowski. No entanto, a produção ainda falha em determinados momentos. Um exemplo disso é a terrível ameaça que Nilfgaard representa. Em certo momento, parece que os exércitos do imperador Emhyr estão prestes a afundar o mundo em uma guerra, mas nunca vemos essa ameaça se concretizar, pelo menos não nesses cinco episódios. Já por parte dos magos e dos reis, vemos uma busca infrutífera para capturar Ciri e seu poder ancestral, nunca ficando exatamente claro o que eles fariam com as habilidades únicas da garota.


Diferente de Game of Thrones, onde as intrigas políticas tornam a série mais interessante, aqui vemos que a falta de clareza na exposição dos eventos torna esse recurso um pouco desinteressante. Porém, é nesse momento que o personagem Dijkstra (Graham McTavish) brilha. O espião da Redânia é um dos personagens mais perigosos do universo de The Witcher, lembrando muito Mindinho e Varys, com planos escusos e tendo chegado ao poder apenas com o uso de sua inteligência, pois, como o próprio afirma, tem uma origem humilde.


Apesar do desenvolvimento emocional para os personagens e momentos de ação eletrizantes, é prejudicada essencialmente por algumas tramas desinteressantes que, se não fosse pela adição de certos personagens, seria totalmente desestimulante. No entanto, para os fãs leais da série e dos livros originais, essa temporada certamente irá proporcionar horas de entretenimento, mesmo com seus deslizes. a direção de arte consegue usar as paisagens naturais em conjunto com o CGI para tornar o mundo mais realista e proporcionar uma experiência visualmente gratificante para os fãs.


Em resumo, a terceira temporada de The Witcher é uma montanha-russa de altos e baixos. Apesar do desenvolvimento emocional para os personagens e momentos de ação eletrizantes, é prejudicada essencialmente por algumas tramas desinteressantes que, se não fosse pela adição de certos personagens, seria totalmente desestimulante. No entanto, para os fãs leais da série e dos livros originais, essa temporada certamente irá proporcionar horas de entretenimento, mesmo com seus deslizes. Apesar do desenvolvimento emocional para os personagens e momentos de ação eletrizantes, é prejudicada essencialmente por algumas tramas desinteressantes que, se não fosse pela adição de certos personagens, seria totalmente desestimulante.


Nota: 3/5

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