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  • Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | Tic Tac - A Maternidade do Mal

Longa usa a pressão que existe em mulheres para gestar em artifício para boa história de suspense

Foto: Divulgação


Lançado na última semana no Star, o longa Tic Tac - A Maternidade do Mal foi dirigido pela estreante Alexis Jacknow e é baseado em seu próprio curta-metragem. Na história, conhecemos Ella Patel (Dianna Agron), uma design de interiores extremamente bem sucedida na sua carreira e na sua vida pessoal. Em um relacionamento estável e amoroso e repleta de amigos, Ella começa a sentir as cobranças da sociedade para ter filhos e mesmo não querendo, ela começa a achar que tem algo de errado com o seu relógio biológico.


À medida que a pressão social aumenta, Ella fica sabendo de um ensaio clínico onde a vontade de não ter filhos passa a ser considerada uma questão de fertilidade e esse ‘desequilíbrio químico’ pode ser tratado com hormônios sintéticos recém-projetados e terapia cognitivo-comportamental. Ao adentrar no experimento da Dra. Simmons (Melora Hardin), o tratamento começa a funcionar, porém, os efeitos colaterais da medicação começam a colocar a vida dela e das pessoas ao redor em perigo.


Utilizando muito bem esse conceito de ‘terror social’, o filme consegue transformar um tema inquietante como ter filhos em algo assustadoramente palpável. Essa crescente que o longa consegue imprimir durante o seu tempo de projeção é interessante em ser observada. Ella começa o filme tendo repulsa a gravidez e de crianças e nós, telespectadores, acompanhamos sua trajetória de autodescoberta e de entendimentos de traumas que a fizeram não querer ter filhos.

Foto: Divulgação


Essa jornada de Ella é marcada por uma curiosa ideia de como inserir o terror nessa narrativa e que faz quem está assistindo se perguntar o que é real e o que um surto da cabeça da protagonista. Tic Tac - A Maternidade do Mal não traz nada de inovador nessa premissa, mas, inova ao abordar uma temática que ainda é tabu para muitas pessoas. Muito dessa força e agonia que o filme consegue passar é mérito de Dianna Agron. Ela faz uma atuação muito constante durante as 1h31 minutos de projeção e transmite todos os sentimentos com maestria.


Ainda assim, o filme comete alguns deslizes, especialmente no seu ato final, e deve desagradar aqueles que gostam de um final mais redondinho e bem explicado. Mas, isso não tira o mérito da produção que conversa perfeitamente com quem sofre com a pressão de gestar desde cedo e não consegue sair das amarras de uma sociedade que ainda atrela o sucesso feminino a engravidar.


Nota: 4/5

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