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Foto do escritorÁvila Oliveira

Crítica | Twisters

Com ação mais encorpada, filme repete erros e acertos da primeira versão

Foto: Divulgação


Kate Cooper (Daisy Edgar-Jones) é uma ex-caçadora de tempestades assombrada por um encontro devastador com um tornado durante seus anos de faculdade e que agora estuda padrões de tempestades nas telas em segurança na cidade de Nova York. Ela é atraída de volta às planícies por seu amigo, Javi (Anthony Ramos), para testar um novo sistema revolucionário de rastreamento. Lá, ela cruza seu caminho com Tyler Owens (Glen Powell), o carismático e imprudente ícone das redes sociais que se diverte postando suas aventuras de caça a tempestades com sua equipe barulhenta. À medida que a temporada de tempestades se intensifica, fenômenos aterrorizantes nunca vistos são desencadeados e Kate, Tyler e suas equipes concorrentes se encontram diretamente no caminho de múltiplos sistemas de tempestades convergindo sobre o centro de Oklahoma na luta de suas vidas.


Twisters é uma continuação da cultuada produção de 1996 e que não demanda ter assistido ao primeiro para se consolidar, afinal de contas o tornado, Oklahoma e um equipamento chamado “Dorothy” são os únicos pontos que existem de forma exatamente igual em ambos os filmes. Dito isto, a versão de 2024 expõe uma estrutura narrativa quase que idêntica ao original. São dois grupos formados por incontáveis personagens coadjuvantes no interior de Oklahoma competindo para quem consegue chegar mais perto do tornado e, em meio a isso, um conflitante casal de protagonistas.


No entanto, as motivações são diferentes e nesse quesito o novo filme consegue apresentar um texto mais elaborado e que permite desdobramentos mais criativos e reviravoltas mais bem arquitetadas. A presença do personagem Javi, por exemplo, torna a dinâmica do casal branco executável apenas a partir do final do segundo ato, embora honestamente todo o público já saiba desde o momento inicial que eles irão, de alguma forma, terminar juntos. E a ideia de um casal entre os protagonistas, romanticamente falando, enquanto no filme dos anos 90 é o combustível do enredo, nesse não chega nem a sair do plano das ideias, mas consegue construir bons momentos cafonas, melosos e engraçados.

Foto: Divulgação


E isso se dá ao trio de protagonistas que transbordam carisma. O galã Glen Powell é um dos queridinhos do momento em Hollywood, mas não é só por ser intimidantemente bonito, ele já provou em seus trabalhos recentes que tem um rico repertório e consegue fazer muito com pouquíssimo que recebe as vezes. Aqui ele faz o que faz de melhor, passeia entre o cafajeste e o bom moço e agrada todo mundo. Não menos talentoso é o ator e cantor Anthony Ramos que divide facilmente o domínio das cenas com a estrela do filme: Daisy Edgar-Jones. A simpática atriz britânica está presente em quase todas as cenas e entrega uma atuação magnética que se soma a um trabalho de corpo espetacular.


Os efeitos funcionam muito bem e não passam do ponto onde o absurdo começa a se despregar do real. Todas as sequências de ação sofrem com as mesmas intercalações que o original, mas o ritmo é mais encorpado e conciso. E a trilha sonora repleta de country ajuda a construir a atmosfera rural que o argumento precisa para consolidar a ambientação.


Assim como o primeiro, é farofa, sabe que é farofa, mas gostaria que tivesse (ainda) mais destruição e menos camadas nos personagens com todo respeito ao ótimo elenco e ao roteirista esforçado, afinal de contas, quem vai ver um filme sobre desastres ambientais quer mesmo é ver, no mínimo, tornados pegando fogo (na falta de vacas voando).


Nota: 3,5/5

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