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  • Foto do escritorGabriella Ferreira

Crítica | Um Eterno Primeiro Encontro

Thriller utiliza conceito de terror social para contar história sobre abuso

Foto: Divulgação


Lançado na última semana no Star+, o longa Um Eterno Primeiro Encontro não fez tanto barulho nas redes sociais e teve uma estreia discreta no streaming. O thriller LGBTQIAPN+ é roteirizado por Allyson Morgan e dirigido por Kelley Kali e conta a história da jovem Billie (Maisie Richardson-Sellers) que é atormentada por apagões e visões estranhas que a levam a descobrir que está presa em uma série de loops temporais, relacionados à sua nova namorada misteriosa (Shannon Woodward).


Usando da ficção científica para entregar uma história sobre abuso e relacionamentos abusivos, Um Eterno Primeiro Encontro causa uma forte reflexão sobre temáticas extremamente pesadas e sensíveis. Durante o decorrer das cenas, é notável como o nosso desconforto vai crescendo junto com a protagonista, e mesmo com a inserção de elementos sobrenaturais, o filme é um retrato bem fiel da dissociação mental que um relacionamento abusivo pode causar para justificar as ações do abusador para si mesmo e para o mundo.

Foto: Divulgação


Um ponto positivo, sem dúvidas, é a sua ambientação. O longa se passa na comunidade afro-caribenha Little Haiti, em Miami, dando um contexto ainda mais interessante na relação entre as duas protagonistas. Fazendo ainda mais sentido para a história, o uso da ancestralidade como justificativa para o lado sobrenatural do filme também traz uma inovação e provoca uma originalidade pouco vista em thrillers.


Porém, Um Eterno Primeiro Encontro peca pela rapidez em algumas temáticas que poderiam ser mais exploradas caso o longa fosse um pouco maior. Com 1h28, as narrativas no longa parecem muito corridas e sem o aprofundamento necessário para o desenrolar da história. Mas, ainda sim, é um filme que surpreende. Lembrando um pouco Tic Tac - A Maternidade do Mal, outro longa lançado na Star+ neste ano, o filme Um Eterno Primeiro Encontro utiliza bem esse conceito de ‘terror social’ para transpor para as telas as nuances de viver em um relacionamento abusivo.


Nota: 3/5

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