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Crítica | Until Dawn - Noite de Terror

  • Foto do escritor: Ávila Oliveira
    Ávila Oliveira
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Adaptação de jogo tem seus bons momentos, mas gasta energia demais tentando fazer algum sentido.

Divulgação


Um ano após o misterioso desaparecimento de sua irmã Melanie (Maia Mitchell), Clover (Ella Rubin) e seus amigos partem para um vale remoto onde ela desapareceu em busca de respostas. Explorando um centro de visitantes abandonado, eles se veem perseguidos por um assassino mascarado numa série de eventos que parece se repetir. O grupo logo percebe que a única maneira de escapar é sobreviver, definitivamente, até o amanhecer.


Não existe quase nada de novo no argumento de Until Dawn: grupo de jovens, alguém desaparecido, cabana na floresta, loop temporal, efeito borboleta, assassino sanguinolento. E o filme tem plena consciência disso, mas nunca trata esses traços como amarras, pelo contrário, ele tenta explorá-las ao máximo e criar situações que as levem ao limite. Entre piadas com o contexto, sequências criativas de morte e uma resolução até inesperada, o longa consegue criar bons momentos de tensão, de susto e de humor.


O thriller se perde, porém, ao tentar se justificar e se explicar demais. Não possuo qualquer intimidade com o jogo que serve como material base para o desenvolvimento do projeto, mas como espectador confesso que pouco me importou as várias prováveis respostas que o texto tenta dar para o tanto de absurdo que acontece em cena. Inclusive faltou se entregar mais para esse absurdo sem olhar para trás, afinal o enredo apresenta um campo fértil para inimagináveis possibilidades de executar ideias absurdas, e sem a precisão de um embasamento. É fantasia e pronto, causa e consequência aqui não deveriam interferir na execução. E essas “várias prováveis respostas” não dialogam entre si, são ensaios jogados ao público para que quem está do lado de cá perceba que aquilo tudo não é apenas bobagem sem nexo, mas é, e tranquilo.

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O encantador elenco desempenha bem seus papéis pré-moldados e garantem que as partes mais divertidas do roteiro ganhem forma com o mínimo de autenticidade necessário. Não sei qual será o futuro da franquia, mas caso haja uma continuação – o que certamente deve acontecer dado que o final implora por isso – torço para que o argumento se desprenda mais de suas referências, seja o jogo ou seja outros filmes, e busque arriscar mais em suas próprias abstrações.


Nota: 2,5/5


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