Daniel Rocha e Caroline Abras estrelam a primeira série de terror nacional da HBO.
Divulgação: Vale dos Esquecidos (HBO)
Estrelada por Daniel Rocha e Caroline Abras, Vale dos Esquecidos, nova série nacional com selo da HBO, estreia neste domingo (25) promete grandes expectativas em torno de sua premissa. Fomos convidados pela plataforma HBO Max para assistir os três primeiros episódios da trama e viemos trazer um pouco do que esperar da série.
Gravada e ambientada em Paranapiacaba, no distrito de Santo André, São Paulo, a produção acompanha um grupo de trilheiros que acaba encontrando, em meio a mata, o Vale Sereno, um misterioso e enevoado vilarejo que esconde muito mais do que aparenta. Com direção de Daniel Lieff e Fábio Mendonça, a produção mergulha de cabeça no terror e suspense e abre um leque de possibilidades para a exploração desses gêneros dentro do audiovisual brasileiro.
Grande parte dos acontecimentos nesses três primeiros capítulos é envolto de mistérios. Muito se mostra, mas pouco se explica; artifício muito bem-vindo para prender a atenção do espectador, visto que estamos falando de uma obra de suspense. Aqui, é notória a influência de obras como ‘O Nevoeiro’, de Stephen King e ‘Midsommar’, do diretor Ari Aster. Essa última, inclusive, materializa-se no chamado “folk horror” que dá cerne à obra de Lieff e Mendonça.
Divulgação: Vale dos Esquecidos (HBO)
A produção é muito competente em se utilizar da ambientação natural para criar a atmosfera desejada. Nesse cenário, a neblina é quase como um personagem vivo na trama, atuando como um limiar entre realidade e delírio que dá consistência ao suspense – não à toa, o seriado quase se chamou “A Névoa”. Com isso, o que temos é uma direção que tem plena noção de como conduzir uma trama nesses moldes, muito embora o cenário nacional ainda esteja dando seus primeiros passos rumo ao gênero.
Além disso, quanto ao elenco, os protagonistas da obra, Ana (Caroline Abras) e Bento (Daniel Rocha) me parecem plenamente desenvoltos quanto a seus papéis na trama, entregando atuações muito boas que transmitem os sentimentos de tensão com precisão. Porém, em que pese esses pontos positivos, algumas das atuações ainda deixam a desejar, principalmente em relação ao elenco coadjuvante, mas nada que atrapalhe a experiência de quem está assistindo.
Assim, o que temos é uma produção com um enorme potencial e que promete abrir algumas portas para que as produções nacionais possam mergulhar de vez no terror e suspense, gêneros que fazem bastante sucesso mundialmente. Com isso, resta esperar para conferirmos o restante da temporada e aguardar as surpresas que Lieff e Mendonça prepararam para o público. Ah, é sempre bom lembrar: consumam produções nacionais!
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